Em comunicado, o deputado José Luís Ferreira do Grupo Parlamentar "Os
Verdes" informa que entregou na Assembleia da República uma pergunta
dirigida ao Ministério da Saúde, através da qual pretende esclarecer se o
horário de funcionamento do Centro de Saúde de Oliveira de Frades vai
ser alargado, sobretudo durante a semana.
Questiona também se o Ministério da Saúde confirma que a Unidade de
Saúde Familiar (USF) Lafões tem recusado consultas abertas a utentes
esporádicos e quantos utentes não escritos na USF Lafões têm sido
consultados anualmente desde a sua criação.
No documento, José Luís Ferreira sublinha que o Centro de Saúde de Oliveira de Frades chegou a estar em funcionamento 24 horas.
No entanto, "está agora limitado a duas nos dias úteis (das 22:00 às
24:00 horas, a oito aos sábados (das 16:00 às 24:00) e 16 horas aos
domingos e feriados (das 08.00 às 24:00)".
"Fora desse período, para doenças agudas, funcionam as consultas abertas na USF Lafões", acrescenta.
O deputado do Partido Ecologista aponta que o Regulamento Interno da
USF Lafões refere que podem obter consulta aberta os inscritos e utentes
esporádicos, que não residam na região, embora estes nem sempre sejam
consultados.
"Tendo em conta que se deslocam ao concelho de Oliveira de Frades um
número elevado de pessoas de outras áreas geográficas, nomeadamente por
motivos profissionais e procura de serviços, o atendimento destes
cidadãos na USF Lafões, em casos agudos, fica dependente da
sensibilidade dos profissionais de saúde", refere.
O deputado explica que como alternativas estes utentes têm o Serviço
de Urgência Básica (SUB) de São Pedro de Sul, "que dista uns 15 km,
sensivelmente 20 a 25 minutos de Oliveira de Frades", ou "aguardar pela
abertura do Centro de Saúde às 22 horas nos dias úteis".
"Não deixa de ser curioso que, num caso agudo, um cidadão que se
encontre na feira quinzenal, e que não esteja inscrito na USF Lafões,
seja 'forçado' a deslocar-se à SUB de São Pedro do Sul ou às urgências
do Hospital de São Teotónio, em Viseu, quando o edifício do centro de
saúde fica mesmo ao lado", destaca.
Na sua opinião, em muitos concelhos, sobretudo do interior, já pouco
resta, para além do edifício, do que foi o Centro de Saúde, entendido
como tal pela população.
"Os Centros de Saúde têm vindo ao longo dos anos a perder serviços e
valências e, progressivamente, a reduzir o seu horário de atendimento.
Esta situação verifica-se com o Centro de Saúde de Oliveira de Frades,
que se encontra praticamente desmantelado após a criação do Serviço de
Urgência Básica (SUB) de São Pedro do Sul e da USF Lafões - Oliveira de
Frades", conclui.
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